Eu até compreendo que, em seu lugar, como Ministra da Secretaria das Relações Institucionais, você diga isso.
Contudo, Gleisi, se você ganhasse um salário mínimo, dependesse do SUS, e comesse regrado, você sentiria ao saber que o Sr° Hugo não dá a mínima para o povo.
O mesmo texto revisado pela IA.
Compreendo, Dona Gleisi, que, no conforto do seu cargo como Ministra da Secretaria das Relações Institucionais, a senhora sinta a necessidade de defender o indefensável. Afinal, é parte do jogo, não é? Mas permita-me, um humilde eleitor, que não ousa falar pelo povo, mas que sente na pele o peso de um salário mínimo, a precariedade do SUS e a luta diária para encher o prato, expressar minha singela perplexidade.
Como não se indignar ao saber que o ilustre Deputado Hugo Motta, herói dos plutocratas e estrela do “Centrão”, gasta num almoço o que eu, com muito suor, não ganho em um ano?
Esse mesmo Hugo Motta, que a senhora tão gentilmente defende, parece ter um talento especial para dificultar qualquer tentativa de uma reforma fiscal que ouse mirar na justiça tributária. Um verdadeiro paladino dos “barões” que, como bem sabemos, não batem prego em barra de sabão. Vivem de emprestar dinheiro a juros surreais ao governo – dinheiro que, não raro, vem de heranças duvidosas, de grileiros, de “mamateiros” ou de políticos que transformam partidos políticos em verdadeiras arapucas. Geralmente são centros mafiosos que enganam os menos instruídos com promessas tão falsas quanto nota de três reais. E a senhora, com todo o respeito, acha que o povo não percebe?
Nosso Brasil, tão rico, é reduzido a um quintal de monocultura, apelidado pela mídia comprada de “agronegócio”. Um esquema que enche os bolsos de multinacionais com isenções bilionárias, enquanto o dinheiro escoa para fora do país. Os grileiros, aliados aos especuladores financeiros, impõem juros absurdos a um país com inflação controlada. Isso, Dona Gleisi, tem nome: é roubo.
Enquanto isso, a maioria da população mal consegue comprar um quilo de café por mês. E, pasme, ainda há quem vote contra tirar impostos da cesta básica, como se proteger militares e ricos de pagar sua parte fosse uma missão divina.
A corda, minha cara, está esticada. E o povo, cansado de apanhar, começa a enxergar o jogo sujo. A mídia, liderada pela Rede Globo, e esse Congresso que chamo, sem medo, de Inimigo do Povo, não enganam mais tão facilmente.
Tudo começou a desmoronar lá atrás, com Eduardo Cunha – aquele pastor corrupto, segundo a justiça – que, junto a deputados e senadores de moral duvidosa, derrubou Dilma Rousseff com a ajuda do “Supremo, com tudo”. Por quê? Porque Dilma ousou resistir à chantagem.
Depois veio Rodrigo Maia, que, com a imprensa a tiracolo, convenceu jovens de que acabar com direitos trabalhistas e “reformar” a previdência era o caminho para o paraíso dos empregos. Resultado? Uma geração de “empreendedores” pedalando bicicletas para o iFood ou dirigindo Uber, acreditando que são donos do próprio nariz. Deixe um deles adoecer ou envelhecer, Dona Gleisi, e verão a verdade nua e crua.
E depois chegou Arthur Lira, o “Capi” de um Congresso que parece mais uma máfia. Com ele, Paulo Guedes e Bolsonaro criaram o famigerado Orçamento Secreto, com suas Emendas Pix – um vazadouro de dinheiro público, ou melhor, nosso dinheiro, usado para comprar deputados e senadores, como o próprio Guedes confessou sem pudor.
E agora, a senhora vem defender Hugo Motta, esse “herói dos ricos”, como disse João Dória?
Um líder dos mamateiros, aliado a um Senado sob Davi Alcolumbre, que juntos trabalham incansavelmente para proteger lobistas e prejudicar o trabalhador? Sinto informar, Dona Gleisi, mas sua defesa soa como fraqueza do Executivo e um tapa na cara da sabedoria popular.
O povo, que não precisa de porta-voz para sentir o descaso, está exausto. As eleições estão aí, e esse Congresso Inimigo do Povo, que enriquece espertalhões e perpetua a pior distribuição de renda do planeta, pode estar com os dias contados. Ou assim espero. Porque, se depender da sua defesa de Hugo Motta, Dona Gleisi, parece que o banquete dos “barões” está apenas começando.
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